"A medida do amor é amar sem medida" Santo Agostinho
quarta-feira, 29 de setembro de 2010
Einstein e a religião
"O espírito científico, fortemente armado com seu método, não existe sem a religiosidade cósmica. Ela se distingue da crença das multidões ingênuas que consideram Deus um Ser de quem esperam benignidade e do qual temem o castigo - uma espécie de sentimento exaltado da mesma natureza que os laços do filho com o pai, um ser com quem também estabelecem relações pessoais, por respeitosas que sejam. Mas o sábio, bem convencido, da lei de causalidade de qualquer acontecimento, decifra o futuro e o passado submetidos às mesmas regras de necessidade e determinismo. A moral não lhe suscita problemas com os deuses, mas simplesmente com os homens. Sua religiosidade consiste em espantar-se, em extasiar-se diante da harmonia das leis da natureza, revelando uma inteligência tão superior que todos os pensamentos humanos e todo seu engenho não podem desvendar, diante dela, a não ser seu nada irrisório. Este sentimento desenvolve a regra dominante de sua vida, de sua coragem, na medida em que supera a servidão dos desejos egoístas. Indubitavelmente, este sentimento se compara àquele que animou os espíritos criadores religiosos em todos os tempos." Albert Einstein
São palavras de um sábio, um dos maiores de todos os tempos para mim, concordo com quase todas as teorias dele que já tive acesso, mas não consigo concordar com estas idéias. Não entendo como um homem que acreditava na Física Quântica, acreditava em partículas que só podem ter a chance de ser provadas a sua existência agora com os aceleradores de partículas (mais de meio século depois da sua morte), acreditava apenas na beleza das obras e desacreditava no Criador. Entendo que o aprendizado das ciências e a pesquisa científica cegam um pouco, nos deixando até ateus, entendo, por que já passei por essa fase. Mas Deus se faz presente em tantas coisas e há essa dificuldade em aceitar a existência desse ser tão vivo quanto meu Deus. Aceito essa incredulidade, dele e de tantas pessoas que conheço. E aceito também a crença dos outros em outros deuses, não imponho minha crença a ninguém, me acho imatura demais para conseguir explicar o que sinto, por que o que sinto, apenas sinto. Deus existe, ponto. Mas mesmo assim acho interessante a maneira que ele fala de Deus, como “religiosidade cósmica”. É até engraçado que um homem tão inteligente prefere acreditar numa RELIGIOSIDADE CÓSMICA que num Deus mais vivo.
Concordo quando ele diz: “O espírito científico, fortemente armado com seu método...” o espírito científico não está apenas armado com seus métodos, mas também com a descrença naquilo que não pode ser provado por cálculos matemáticos. Mas não concordo quando ele diz: “se distingue da crença das multidões ingênuas que consideram Deus um Ser de quem esperam benignidade” por que não me considero ingênua, me considero até inteligente demais e ainda assim acredito, com muitos questionamentos (claro), já que me foi dada uma mente pensante.
Mas acredito que ele acreditava sim, do seu jeito, mas acreditava:
“Eu quero saber como Deus criou este mundo. Não estou interessado neste ou naquele fenômeno, no espectro deste ou daquele elemento. Eu quero conhecer os pensamentos Dele, o resto são detalhes.” Albert Einstein
Com essas palavras, só estava dizendo acreditar nesse Deus, criticando esse conceito de Einstein sobre Deus, e dizendo que a pesar das suas inclinações religiosas, ainda dou muito crédito as conceitos científicos dele, a pesar das muitas críticas sofridas com as novas descobertas na área da Física Quântica.
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