"A medida do amor é amar sem medida" Santo Agostinho
terça-feira, 29 de junho de 2010
Meus filmes favoritos 1: Cartas para Julieta
Assistindo esses dias o filme cartas para Julieta, parei para pensar um pouco como a gente boicota nossos próprios sonhos e possíveis realizações. A gente troca momentos de felicidade por segurança e deixa de apreciar o belo em troca do corre corre do dia-a-dia em busca de mais dinheiro e bens materiais. Acredito que segurança, estabilidade e bem estar são coisas importantes, mas prefiro a simplicidade das coisas boas da vida e até a insegurança de um amor que seja verdadeiro. O filme conta a história de uma garota americana, Sophie (Amanda Seyfried), que vai passar a lua de mel antecipada com o noivo na Itália. O noivo com a vida completamente cheia de ocupações a deixa sozinha numa das cidades mais românticas do mundo para resolver seus problemas de negócios. Sozinha pela cidade Sophie descobre uma carta não respondida para Julieta deixada há 50 anos atrás, num dos pontos turísticos da cidade, por uma moça que por covardia abandona seu grande amor em troca da segurança e estabilidade que um casamento sem amor pode proporcionar. Essa senhora não foi de todo infeliz, mas viveu sem paixão, sem a emoção que o medo da perda do ser amado, o frio na barriga nos momentos que antecedem o encontro e a saudade gigante que apenas dois diazinhos um amor de verdade pode proporcionar. Ao receber a resposta de Sophie a senhora viaja para Itália e juntamente com Sophie e seu neto, que a acompanhou por achar aquilo tudo uma insanidade, começam um busca por esse grande amor de 50 anos atrás. Sophie acaba percebendo que ela prefere a paixão e o amor que acaba de encontrar no neto dessa senhora a ter a segurança de viver ao lado de um homem que não ama mais e a senhora, que já era viúva, reencontra seu grande amor do passado, também viúvo e vão viver a história de amor inacabada. Olhando assim pode parecer meu romântico demais, mas amei o filme, perfeito, tem partes que são românticas e outras engraçadas, é leve, mostra paisagens bonitas e possui roteiro muito bom, até chorei. Recomendo para quem não é cético e acredita no amor e gosta de cidade no campo, vinho e as incertezas da vida...
segunda-feira, 28 de junho de 2010
Ah! O amor
A gente costuma idealizar tanto a pessoa por quem estamos apaixonada ou pela qual gostaríamos de se apaixonar que criamos espectativas que nunca serão superadas ou atingidas. O AMOR é estranho demais e não possui regras nem querer, podemos até escolher se queremos está com aquela pessoa, mas não se continuares ou não amando-a. passando pela net li esse texto de Jabor e acho qu ele chega até bem perto de uma boa explicação deste sentimento:
Crônica do Amor
Ninguém ama outra pessoa pelas qualidades que ela tem, caso contrário os honestos, simpáticos e não fumantes teriam uma fila de pretendentes batendo a porta.
O amor não é chegado a fazer contas, não obedece à razão. O verdadeiro amor acontece por empatia, por magnetismo, por conjunção estelar.
Ninguém ama outra pessoa porque ela é educada, veste-se bem e é fã do Caetano. Isso são só referenciais.
Ama-se pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que o outro lhe dá, ou pelo tormento que provoca.
Ama-se pelo tom de voz, pela maneira que os olhos piscam, pela fragilidade que se revela quando menos se espera.
Você ama aquela petulante. Você escreveu dúzias de cartas que ela não respondeu, você deu flores que ela deixou a seco.
Você gosta de rock e ela de chorinho, você gosta de praia e ela tem alergia a sol, você abomina Natal e ela detesta o Ano Novo, nem no
ódio vocês combinam. Então?
Então, que ela tem um jeito de sorrir que o deixa imobilizado, o beijo dela é mais viciante do que LSD, você adora brigar com ela e ela adora implicar com você. Isso tem nome.
Você ama aquele cafajeste. Ele diz que vai e não liga, ele veste o primeiro trapo que encontra no armário. Ele não emplaca uma semana nos empregos, está sempre duro, e é meio galinha. Ele não tem a
menor vocação para príncipe encantado e ainda assim você não consegue despachá-lo.
Quando a mão dele toca na sua nuca, você derrete feito manteiga. Ele toca gaita na boca, adora animais e escreve poemas. Por que você ama
este cara?
Não pergunte pra mim; você é inteligente. Lê livros, revistas, jornais. Gosta dos filmes dos irmãos Coen e do Robert Altman, mas sabe que uma boa comédia romântica também tem seu valor.
É bonita. Seu cabelo nasceu para ser sacudido num comercial de xampu e seu corpo tem todas as curvas no lugar. Independente, emprego fixo, bom saldo no banco. Gosta de viajar, de música, tem loucura
por computador e seu fettucine ao pesto é imbatível.
Você tem bom humor, não pega no pé de ninguém e adora sexo. Com um currículo desse, criatura, por que está sem um amor?
Ah, o amor, essa raposa. Quem dera o amor não fosse um sentimento, mas uma equação matemática: eu linda + você inteligente = dois apaixonados.
Não funciona assim.
Amar não requer conhecimento prévio nem consulta ao SPC. Ama-se justamente pelo que o Amor tem de indefinível.
Honestos existem aos milhares, generosos têm às pencas, bons motoristas e bons pais de família, tá assim, ó!
Mas ninguém consegue ser do jeito que o amor da sua vida é! Pense nisso. Pedir é a maneira mais eficaz de merecer. É a contingência maior de quem precisa.
Arnaldo Jabor
Crônica do Amor
Ninguém ama outra pessoa pelas qualidades que ela tem, caso contrário os honestos, simpáticos e não fumantes teriam uma fila de pretendentes batendo a porta.
O amor não é chegado a fazer contas, não obedece à razão. O verdadeiro amor acontece por empatia, por magnetismo, por conjunção estelar.
Ninguém ama outra pessoa porque ela é educada, veste-se bem e é fã do Caetano. Isso são só referenciais.
Ama-se pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que o outro lhe dá, ou pelo tormento que provoca.
Ama-se pelo tom de voz, pela maneira que os olhos piscam, pela fragilidade que se revela quando menos se espera.
Você ama aquela petulante. Você escreveu dúzias de cartas que ela não respondeu, você deu flores que ela deixou a seco.
Você gosta de rock e ela de chorinho, você gosta de praia e ela tem alergia a sol, você abomina Natal e ela detesta o Ano Novo, nem no
ódio vocês combinam. Então?
Então, que ela tem um jeito de sorrir que o deixa imobilizado, o beijo dela é mais viciante do que LSD, você adora brigar com ela e ela adora implicar com você. Isso tem nome.
Você ama aquele cafajeste. Ele diz que vai e não liga, ele veste o primeiro trapo que encontra no armário. Ele não emplaca uma semana nos empregos, está sempre duro, e é meio galinha. Ele não tem a
menor vocação para príncipe encantado e ainda assim você não consegue despachá-lo.
Quando a mão dele toca na sua nuca, você derrete feito manteiga. Ele toca gaita na boca, adora animais e escreve poemas. Por que você ama
este cara?
Não pergunte pra mim; você é inteligente. Lê livros, revistas, jornais. Gosta dos filmes dos irmãos Coen e do Robert Altman, mas sabe que uma boa comédia romântica também tem seu valor.
É bonita. Seu cabelo nasceu para ser sacudido num comercial de xampu e seu corpo tem todas as curvas no lugar. Independente, emprego fixo, bom saldo no banco. Gosta de viajar, de música, tem loucura
por computador e seu fettucine ao pesto é imbatível.
Você tem bom humor, não pega no pé de ninguém e adora sexo. Com um currículo desse, criatura, por que está sem um amor?
Ah, o amor, essa raposa. Quem dera o amor não fosse um sentimento, mas uma equação matemática: eu linda + você inteligente = dois apaixonados.
Não funciona assim.
Amar não requer conhecimento prévio nem consulta ao SPC. Ama-se justamente pelo que o Amor tem de indefinível.
Honestos existem aos milhares, generosos têm às pencas, bons motoristas e bons pais de família, tá assim, ó!
Mas ninguém consegue ser do jeito que o amor da sua vida é! Pense nisso. Pedir é a maneira mais eficaz de merecer. É a contingência maior de quem precisa.
Arnaldo Jabor
Meu mundo particular
Cada ser humano possui uma maneira de enxergar o mundo e sentir de maneira diferente uma decepção, uma perda ou uma alegria. Me disseram esses dias que enxergo minha vida e quero que ela funcione como um filme de comédia romomântica. Talvez a pessoa esteja certa, não sei. Só acredito e me reservo o direito de querer ver o melhor de tudo, ou de quase tudo, e querer que a vida seja romântica, cheia de simbolismos, trocas de juras quase eternas, por que não? As pessoas deixaram de viver as coisas com mais intensidade, de apreciar os pequenos momentos. São pessoas frias que não perdem mais tempo com um bom filme no escurinho do cinema, não param para apreciar a lua cheia, um bom vinho, um céu estrelado, não fazem um pedido a uma estrela cadente. Querem que tudo aconteça rápido demais: o sexo, o beijo, as conversas, a noite. Deixa que as coisas aconteçam por si só. Pode ser piegas, tudo bem. Mas prefiro ser diferente, fora de moda e ser criticada do que me juntar aos outros e viver frustada e sentir as coisas de acordo com os pradões dos outros. Prefiro o meu time, o meu momento. Me sinto bem aqui no meu mundo particular. Qual é o problema?
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